Nascido em 1925, Riley B. King surgiu em Itta Bena, uma minúscula cidade do Mississippi, berço das maiores lendas do blues (Elmore James, Muddy Waters Howlin Wolf...) e que exigia de qualquer jovem da região um árduo trabalho nas fazendas de algodão e tornava o sonho de tocar guitarra como uma saída quase que única para se alcançar dignidade em uma terra tomada pela segregação racial.
Figura freqüente nos cultos, o rapaz que ainda atendia pelo nome de Riley entoava cânticos religiosos enquanto alimentava o desejo de virar músico, decisão definitivamente tomada em 1946, quando concluiu que pilotar trator e plantar sementes não era para ele.
De olho em Memphis, saiu de Indianola, onde passou a maior parte da infância e adolescência, e foi iniciar em um estúdio de rádio a história do homem que vem à cabeça de qualquer pessoa que não costuma ouvir blues, mas que responderia seu nome quando perguntada se tem a vaga idéia do que seja o som.
Folguista do lendário gaitista Sonny Boy Williamson em um restaurante de Memphis, e já como B.B. King, o guitarrista foi convencido pela dona do estabelecimento, uma tal Miss Annie, que caso arrumasse um anúncio na estação WDIA, poderia tocar seis vezes por semana e multiplicar os U$ 12 que ganhava por noite.
Carismático e disposto a vender até xarope fortificante a base de álcool, B.B. King virou disque-jóquei da casa, apresentando programas, fazendo propaganda e tocando ao vivo, uma rotina que durou até 1955, quando passou a excursionar por todos EUA, vender como nunca nenhum outro bluesman vendeu, virar referência para garotos ingleses como Eric Clapton e Mick Jagger, fazer duetos com Stevie Wonder, U2 e Sheryl Crow, virar milionário e não conseguir mais parar de tocar.
O sucesso
Sua popularização, aliás, parecia não o empolgar no início de sua trajetória. B.B. King deixava claro, em 1957, que "não toco para brancos" ou "não toco rockn roll", febre que se alastrava por aqueles anos e que permitiu que músicos negros, como Chuck Berry e Little Richards, virassem astros cantando algo que não era mais blues. Não demorou muito, no entanto, para que ele abrisse os braços para o estrelato.
Nas mãos do empresário Sid Seidenberg a partir de 1967, B.B. King ganhou tratamento de estrela, com contratos reformulados, apresentações em programas de TV, como o famoso Ed Sullivan Show, para 70 milhões de espectadores, parcerias com artistas emergentes e shows bem produzidos, fossem nos cassinos de Las Vegas ou nos melhores teatros, ou até na Cook Count Jail, penitenciária onde registrou um épico disco ao vivo, em 1971.
Porque são nas apresentações ao vivo, num reles boteco ou numa luxuosa casa de espetáculos, que B.B. King virou a lenda que escolheu o Brasil como uma das praças que pela última vez verá de perto os solos concisos e estridentes que saem de 'Lucille' e que o transformaram no mais fácil sinônimo para blues.
Figura freqüente nos cultos, o rapaz que ainda atendia pelo nome de Riley entoava cânticos religiosos enquanto alimentava o desejo de virar músico, decisão definitivamente tomada em 1946, quando concluiu que pilotar trator e plantar sementes não era para ele.
De olho em Memphis, saiu de Indianola, onde passou a maior parte da infância e adolescência, e foi iniciar em um estúdio de rádio a história do homem que vem à cabeça de qualquer pessoa que não costuma ouvir blues, mas que responderia seu nome quando perguntada se tem a vaga idéia do que seja o som.
Folguista do lendário gaitista Sonny Boy Williamson em um restaurante de Memphis, e já como B.B. King, o guitarrista foi convencido pela dona do estabelecimento, uma tal Miss Annie, que caso arrumasse um anúncio na estação WDIA, poderia tocar seis vezes por semana e multiplicar os U$ 12 que ganhava por noite.
Carismático e disposto a vender até xarope fortificante a base de álcool, B.B. King virou disque-jóquei da casa, apresentando programas, fazendo propaganda e tocando ao vivo, uma rotina que durou até 1955, quando passou a excursionar por todos EUA, vender como nunca nenhum outro bluesman vendeu, virar referência para garotos ingleses como Eric Clapton e Mick Jagger, fazer duetos com Stevie Wonder, U2 e Sheryl Crow, virar milionário e não conseguir mais parar de tocar.
O sucesso
Sua popularização, aliás, parecia não o empolgar no início de sua trajetória. B.B. King deixava claro, em 1957, que "não toco para brancos" ou "não toco rockn roll", febre que se alastrava por aqueles anos e que permitiu que músicos negros, como Chuck Berry e Little Richards, virassem astros cantando algo que não era mais blues. Não demorou muito, no entanto, para que ele abrisse os braços para o estrelato.
Nas mãos do empresário Sid Seidenberg a partir de 1967, B.B. King ganhou tratamento de estrela, com contratos reformulados, apresentações em programas de TV, como o famoso Ed Sullivan Show, para 70 milhões de espectadores, parcerias com artistas emergentes e shows bem produzidos, fossem nos cassinos de Las Vegas ou nos melhores teatros, ou até na Cook Count Jail, penitenciária onde registrou um épico disco ao vivo, em 1971.
Porque são nas apresentações ao vivo, num reles boteco ou numa luxuosa casa de espetáculos, que B.B. King virou a lenda que escolheu o Brasil como uma das praças que pela última vez verá de perto os solos concisos e estridentes que saem de 'Lucille' e que o transformaram no mais fácil sinônimo para blues.
- King of the Blues (1960)
- My Kind of Blues (1960)
- Live at the Regal (Live, 1965)
- Lucille (B.B. King album)|Lucille (1968)
- Live and Well (1969)
- Completely Well (1969)
- Indianola Mississippi Seeds (1970)
- B.B. King In London (1971)
- Live in Cook County Jail (1971)
- Lucille Talks Back (1975)
- Midnight Believer (1978)
- Live "Now Appearing" at Ole Miss (1980)
- There Must Be a Better World Somewhere (1981)
- Love Me Tender (B.B. King album)|Love Me Tender (1982)
- Why I Sing the Blues (1983)
- B.B. King and Sons Live (B.B. King album)|B.B. King and Sons Live (Live, 1990)
- Live at San Quentin (1991)
- Live at the Apollo (B.B. King album)|Live at the Apollo (Live, 1991)
- There is Always One More Time (1991)
- Deuces Wild (album)|Deuces Wild (1997)
- Riding with the King (B.B. King and Eric Clapton album)|Riding with the King (2000)
- Reflections (B.B. King album)|Reflections (2003)
- The Ultimate Collection (B.B. King album)|The Ultimate Collection (2005)
- 80 (album)|B.B. King & Friends: 80 (2005)
- One Kind Favor (2008)
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